Nada melhor que terminar o ano com uma prova, fazer os 10 kms a cronómetro 11 meses depois era um bom desafio, até para testar a forma atual e perceber se o treino com vista a Sevilha estava a produzir os devidos efeitos.
As inscrições para esta prova esgotaram muitas semanas antes, há cada vez mais pessoas a correr e é nesta provas que se tiram as duvidas. O percurso era igual ao ano anterior e tinha como grande obstáculo a subida da Av. da Liberdade depois de 7 kms a esgalhar.
É muito agradável ter uma corrida na época do Natal, no centro de Lisboa, com cerca de 7.000 participantes e ao final da tarde, sem o stress de acordar cedo e ir de ramelas nos olhos.
No dia lá foi tudo no barco da Soflusa, os amigos, os conhecidos e os BRR Runners, grupo que começa a ter corredores de respeito. deu para passear entre o Terreiro do Paço e os Restauradores, fazer os últimos preparativos e iniciar o aquecimento. Ainda encontrei o Carlos Rebelo, a iniciar-se nas corridas, o Álvaro Gustavo de férias de Natal em Portugal, a Carla Neves a aquecer e muitos outros e só por isso o dia estava ganho.
À hora da partida começa a cair uma chuva de pingos grandes e o pessoal ainda se junta mais nas box's de partida, fico a 5 metros da linha na conversa com o Luís, ex-colega de turma da ESE que enverga o dorsal do Luís Onça que por lesão nas costas não pode participar. Nesta altura já o Camané se acotovela com a elite do atletismo.
Partida ao sabor de chuva, o pelotão começa a estender-se e começo no ritmo previsto a roçar os 4'10'' e lá fui sempre confortável, tanto nas pernas como nos pulmões. Aos 3 kms cruzo-me com a Dulce Félix que já ia isolada para vencer, e antes da viragem ainda avisto o Camané, mando-lhe um grito de força mas nem pestanejou pois já ia nos limites e quando assim é não o considero mal educado.
Aos 7,3 kms avisto a temida subida da Liberdade e já sabia que em condições normais acabaria a corrida abaixo dos 41m, mantive um bom ritmo a subir e ultrapassei corredores que foram muito cedo ao pote, apenas nos últimos 200m da subida comecei a sentir um cansaço extremo, mas mesmo assim termino o quilómetro da subida com 4'18''.
A pouco mais de 1000 metros da meta tinha a descida vertiginosa, mas não queria acabar com as pernas arrebentadas, pois no dia seguinte tinha 30 kms para fazer, deixei-me ir em boa passada e termino com 40'48'', ou seja bem abaixo dos 42' que tinha projetado.
Depois da chegada tiro o chip, recebo as águas e uma maçã e dirigo-me para o bengaleiro da prova, já lá estava o Camané depois de ter batido o seu record da distância com 38'45'' e que aguarda a sua vez para receber o saco. É quando nos apercebemos da confusão que estava instalada com centenas de sacos pelo chão, sem a devida organização. ao fim de alguns minutos lá encontram os nossos e viemos embora. Neste momento já havia dezenas de metros de filas para recolher sacos e houve pessoas que demoraram mais tempo nesta fila do que na corrida... uma nódoa na organização.
Viemos em corrida de recuperação até ao barco, alonguei e ainda nos encontrá-mos com o Hugo e o Marco que não tinham deixado coisas no bengaleiro.
Para a posteridade aqui ficam as classificações BRR runners:
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